O padre Júlio Lancellotti elogiou a atuação da ex-deptuada federal e vcie-presidente nacional do Solidariedade, Marilia Arraes. Ao lado do marido André Cacau, a ex-candidata ao Governo de Pernambuco participou, na manhã deste domingo, da celebração na Capela de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, em São Paulo.

Conhecido por seu trabalho em defesa dos moradores de rua, o padre exaltou as ações da ex-deoutada em defesa das mulheres. Marília Arraes lutou para que todas as mulheres tenham respeito na segurança menstrual, que todas as mulheres tenham direito. A gente sabe toda a luta que foi: o presidente (Jair Bolsonaro) vetou, não aceitou, depois derrubou o veto por oportunismo", registrou o religioso.

O padre ressaltou que o importante agora é garantir o direito a todas as mulheres, especialmente às empobrecidas, em situação de rua, encarceradas, as jovens que não podem ir à escola por não terem proteção, por não terem seus direitos respeitados. O Projeto de Lei 4968/2019, apresentado pela ex-deputada, estabelece a distribuição gratuita de absorventes e produtos de higiene menstrual, foi aprovado em agosto de 2021.

Inicialmente, o PL previa a distribuição de absorventes para estudantes, em situação de vulnerabilidade, de escolas públicas de todo o país. Outras dezenas de propostas se somaram. A lei deve beneficiar cerca de 5,6 milhões de mulheres em todo o País e contempla agora estudantes de baixa renda de escolas públicas; mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema e presidiárias.

Convite

Depois da leitura do Evangelho, o padre convidou a ex-deputada para o altar e pediu que ela se pronunciasse. "Seu avô (Miguel Arraes) faz parte da nossa história da nossa vida e eu quando lembro dele, lembro que ele deve ter sido amigo de Dom Helder. Nós gostaríamos de te ouvir e agradecer a tua luta, a tua ternura, a tua defesa das mulheres e do nosso povo empobrecido"

Fico muito emocionada não somente por ser da terra que acolheu Dom Helder, que, na verdade, era cearense, mas por vermos São Paulo, uma terra que precisa tanto de trabalho social, ter na Igreja a representação do padre Júlio Lancelotti. E quero agradecer a todos que estão aqui pela resistência, a resistência que deve continuar. contra o fascismo, contra o ódio, contra tantas injustiças", enfatizou Marília Arraes.

Ela prevê que o Brasil ainda vai demorar algumas gerações para superar as injustiças cometidas nos últimos anos. "Mas a semente precisa ser plantada de agora. Eeu tenho três filhas, inclusive e espero que elas vivam no mundo mais justo", pontuou, terminando com uma frase do arcebispo emérito Dom Helder Camara: "Dom Helder dizia que quando dava comida aos pobres o chamavam de santo, e quando questionava por que os pobres tinham fome, o chamavam de comunista".