Pelo menos 15 policiais acusados de envolvimento no jogo do bicho foram presos em uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, Corregedoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) e da Polinter, na manhã desta quarta-feira (20)
Ao todo, segundo o MP, 31 pessoas foram denunciadas pelo crime de organização criminosa. No entanto, foram expedidos pela Justiça 20 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão. Os alvos são 18 policiais militares da ativa, um reformado e um policial penal. Todos fariam parte da organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade, que não está entre os listados nesta operação.
Os mandados da operação Petrorianos foram obtidos junto à 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e estão sendo cumpridos em diversos bairros do Rio de Janeiro.
A ação é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada pelo Gaeco em maio de 2022, quando bingos foram estourados e 30 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Entre os presos na ação estavam os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém. Na casa dela foram encontrados R$ 2 milhões em espécie.
Meses depois da operação, o próprio Rogério e o filho dele, Gustavo Andrade, foram alvo de uma ação da Polícia Federal. Em uma casa do contraventor em Petrópolis, na região Serrana do Rio foi encontrada uma lista de pagamentos de propinas à policiais.
Em nota, a PM informou que instaurou um procedimento interno para apurar os fatos e contribuirá com as investigações do MP. A corporação informou, ainda, que nos últimos três anos, 6.300 máquinas de caça níquel e R$ 800 mil foram apreendidos, além de ter prendido 2.763 pessoas por envolvimento com a contravenção.